Quem apanha lembra...
Mamãe sempre disse: pimenta
nos olhos dos outros é refresco, claramente um sinal que falta
empatia nas pessoas. Quando você magoa alguém que eu amo diretamente eu me
sinto mal, por você que foi estúpido e pelo meu amigo a quem foi partido o coração
com atitudes tão duras.
A vida inteira que me
entendo por gente me coloquei de juiz, conciliador, da turma do deixe disso,
mesmo quando a causa era comigo tinha a sensação
que precisava consertar a minha dor e a ensinar aquele que me machucou a não
fazer mais isso.
Falando assim parece que sou
a rainha da serenidade, a empática, a diferentona do perdão e da condescendência,
não mesmo. Já julguei errado pra caramba, já tomei lados errados, já achei que vivi
demais dentro de historias que não me diziam respeito.
Sim eu já fui injusta, essa
é a vida!
Mas se tem uma coisa que nos
torna melhores é aprender com os erros, é crescer com o perdão, é focar em nós
mesmo e perceber que dá pra ajudar o outro sem precisar se meter onde não foi chamado,
que da pra ser amigo e respeitar, e dar pra ter empatia sem precisar de justificativas
veladas pra covardia.
Não assino embaixo da falta
de respeito, invasão de espaço, intromissão mesmo com a desculpa de: sou seu
amigo e quero seu bem, me arrependo de todas as vezes que falhei nesse sentido
e espero nunca mais cometer esse erro.
Há coisas na vida que mesmo
perdoadas jamais serão esquecidas, há certas coisas que não tem justificativas e há
outras que podem ser superadas, uma falha de comunicação, uma incompreensão pode
ser superada, mas jamais uma covardia, aliada à perda do respeito pelo outro, será
admitida.
E é nessa hora que falta a
empatia, que os outros que simplesmente assistiram não conseguem entender que
não é um drama banal, é uma dor, uma decepção, uma mágoa uma sensação de impotência
de diante a crença que aquele ser era confiável e que te amava.
Não vou sentar esperando que
mesmo os meus amigos me entendam, eu vou seguir em frente pra cicatrizar essa
dor, vou me apegar aos meus, família que ta sempre comigo, os poucos amigos que
ainda confio e no mais deixar ir, mas aquilo que se perdeu não tem mais volta,
quebrou com toda a força bruta aplicada.
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