E quando você percebe que sobrou...

Geralmente na escola existiam duas pessoas que tiravam no par ou ímpar a sorte de quem ia começar escolhendo as pessoas pro time, um escolhia fulano, outro beltrano e assim por diante e sempre tinha aqueles que sobravam e aí um deles dizia: então tá vem, só tem tu mesmo!

Na vida adulta acaba acontecendo de novo o mesmo ciclo do colégio, as vezes a gente sobra na vida dos outros, porque na vida todo dia são feitas escolhas. 

São nos pequenos detalhes que tu percebe, que aos poucos, foi sobrando: chegou um novo grupo de amizades, um novo emprego, um relacionamento e por mais presente que você tente se fazer; não é mais a pessoa das primeiras escolhas.

A partir daí é uma outra escolha, uma escolha sua, se ainda deve fazer dessas pessoas as suas primeiras escolhas. Fácil, não é! 

Um negócio que dói, uma dorzinha de fininha de uma pequena decepção esfregada na cara, nos pequenos detalhes, nas pequenas notícias, na ausência dos convites e a não presença nos rolês que tu marca e convida!

Devagar tu nota que vai se tornando aquele garoto que foi escolhido por último no time de carimba, difícil porque não acontece da noite pro dia, não é uma decisão anunciada. É aos poucos que todo mundo vai sendo escolhido e aí tu nota que não foi!

Escolher um lado é inevitável, nada no mundo é cem por cento imparcial, uma hora tu vai cair desse muro e mostrar as escolhas que finge (pra ti mesmo) que não fez!

Nessa hora, mesmo doendo, mesmo não entendo, é a hora de escolher a si mesmo, de escolher quem anda escolhendo você por primeiro, escolher não sofrer é difícil, mas é possível fazer novas escolhas no meio desse esquecimento alheio de quem você quase nunca esquece! 


(https://unsplash.com/photos/aoN3HWLbhdI?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditShareLink)


Comentários

Postagens mais visitadas