Adeus, 2022
Chegamos ao último mês desse intenso ano de 2022, há exatos 20 anos eu era uma adolescente de 16 anos e muitos sonhos, confusões emocionais, meus pais no meio de um divórcio e o Lula sendo eleito presidente.
Corta pra vinte anos depois, eu sou uma adulta de 36 anos, com ainda muitos sonhos, algumas confusões emocionais, uns traumas mal resolvidos do divórcio alheio e o Lula foi eleito de novo.
2022 foi de longe o ano mais desafiador da minha vida, e ainda pode ser mais, porque até o juiz acabar o jogo muita coisa pode acontecer nesse último mês.
Tudo caminhava pra ser mais um ano qualquer, mas a vida é aquela caixinha de surpresas e as vezes de Pandora.
Eu vivi decepções, mudanças, experiências bizarras, vivi o luto por pessoas que continuam vivas e espero que esse ciclo fique nesse ano, como tantos outros que não foram tão bons.
Em 2022 eu conheci um gigolô e ridicularmente me apeguei a ele, eu não tenho nada contra quem se relaciona por dinheiro, ou boletos pagos, mas foi de longe a situação mais bizarra que eu já me envolvi. Claro, ele não era assumidamente um profissional, mas aos poucos de rolê em rolê, de uber em uber e ifoods, cigarros e cervejas eu estava sustentando um macho.
EU, UMA MULHER VI.VI.DA!
2022 não veio a passeio na minha vida, ele veio pra ser o ano que eu precisava pra sair da zona de conforto, pra depois de 20 anos deixar de ser ruiva cabelo pintado, pra encarar que a vida é cíclica, que eu sou mais capaz do que eu imagino, de superar, de me reinventar, de ser mais e melhor.
As pancadas desse ano não me derrubaram, mas faltou muito pouco.
Eu fui na ponta do penhasco e não pulei porque tive mãos pra me segurar, ao mesmo tempo que, esse ano, algumas mãos que eu confiava me soltaram, outras confirmaram que eu não estou só, gratidão explícita a essas mãos, elas sabem quem são.
Eu não levo mágoas, recalques, ódios e rancores para 2023, eu levo uma pessoa mais forte, mais vivida, mais evoluída, com menos paciência pra sofrer, com mais vontade de viver e que ainda acredita nas pessoas, meu coração continua sendo meu farol, sigo ele de olhos abertos, pés firmes e cabeça a aberta.
Como diria Belchior: Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro!
Que venha 2023 e suas aventuras.
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