Ana Paula, a apaixonada
Graças aos filmes de princesas, contos de fadas, livros: julia, sabrina e bianca; e a natureza de meu pai, eu sou uma pessoa irremediavelmente apaixonada pelo romance.
Desde os 6 anos eu sei o que é ter paixonites platônicas, desde nova eu sabia o quanto queria que a paixão fosse meu guia na vida. A sensação de estar perdida e calma ao mesmo tempo, de não saber o chão que pisa, mas olhar nos olhos de quem te segura as mãos e sentir segura.
Sempre fui incontrolável quando me apaixono, quero embrulhar o mundo e entregar na mão do objeto de minha devoção, quero resolver-lhe todos os problemas, acabar com todas as suas aflições e não peço nada em troca.
E foi assim que ganhei o papel de trouxa. Não se pode viver pelo outro sem que ele inevitavelmente, acabe te usando e se acomode em ser adorado. Eu estive dos dois lados, porque achei que merecia ser adorada enquanto estava nem aí, reparação histórica dos meus próprios vacilos.
Me senti mal!
Sempre me jogo intensamente e depois me vejo de fora, doida, completamente desorientada, a paixão me cega e o álcool me aconselha a ser verborrágica, a ressaca vem: moral e física.
Eu tive vários tipos de reações às minhas incursões apaixonadas, umas foram recíprocas, outras ignoradas e por último eu tive uma que não sentia o mesmo mas soube respeitar cada loucura e por fim me mostrou que o silêncio também é uma resposta e que o tempo é um ótimo remédio para acalmar o juízo.
Contraditória que sou, sempre fui intensa em tudo que sinto, mas sempre rezei pela sorte do amor tranquilo que nunca chegou em mim.
Seguindo conselhos de amigas mais racionais que eu, preciso agora me aquietar, para perceber que a gente mira muito no amor, mas acerta na solidão, não de ser solitária, mas de entender que não estamos incompletos, apenas precisamos de uns complementos para transbordar um pouco, para se sentir mais vivo.
Nunca acreditei em alma gêmea, nem amor da vida, muito menos na metade da laranja, mas sempre acreditei no poder da conexão, da intimidade fácil, do silêncio confortável, da química dos corpos.
A paixão vai me mover ainda, em outras áreas da vida: os amigos, a família, o trabalho, por ora a paixão romântica vai ser evitada, até que eu entenda que tudo é um processo e tem que ter muita coragem pra encarar o mulherão que eu sou.
Talvez exista essa pessoa, talvez não! Mas eu não tô preocupada com isso!
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